sexta-feira, 5 de abril de 2013

O princípio da nossa impotência.

Hoje estava lendo um postagem no Facebook, que dizia: somos fruto do que pensamos, ou, nossos pensamentos e desejos se materializam em ações e em realizações.... coisas do tipo.
Coisas do tipo de quem ainda não entendeu que o pensamento ou as idéias não são formadas aleatoriamente ou do nada.
Toda ideia deve surgir de alguma lugar ou ter uma origem.
Quando a gente tem uma ideia ou pensamento, não tem como ter surgido da gente, estou falando daquela situação em que do nada, vem uma vontade de fazer ou pensar em alguma coisa, criar algo ou uma situação que nem foi idealizada ainda... como a gente viver fazendo coisas no modo automático, como agir, pensar, comer, falar, andar, piscar os olhos, respirar...
O que quero dizer, é que, antes de pensarmos ou termos uma ideia ou vontade, ela já aconteceu na nossa mente, sendo assim, o que pensamos ou o que temos como nossas ideias ou planos, estão na consciência da mente, e essa consciência é a expressão da mente... a mente não é a consciência, e a consciência é uma propriedade da mente.
Sendo mais profundo, nós não temos contato com a nossa mente e sim com sua consciência, pois a função da mente é introduzir uma mensagem e controlar a consciência.
Então se não é a mente quem cria o pensamento ou tem alguma ideia, quem criaria tudo para ela?
Penso que quem cria tudo é o espírito, que faz contato com a mente, e este com a consciência, e este com o cérebro, e este com o corpo.
Então... não existe essa de que eu posso dominar meus pensamentos através de algo ou de alguma coisa.
Nós somos a ação, não a ideia ou pensamento que fez a ação.
A maior prova disso é agirmos ou falarmos sem pensar, e admitirmos que não parte de nós o ato de articular tudo o que acontece no nosso cotidiano... cada passo, e cada palavra do que estamos fazendo ou falando.
Quando fazemos algo ou falamos, achamos que somos nós que estamos fazendo, falando, pensando ou idealizando tudo.
Penso realmente, que nosso corpo é um bonequinho de game, nosso corpo e boca, age conforme um comando interno que se chama mente. É ela que determina tudo... e no caso da nossa boca, ela serve como um alto falante móvel, ou seja, um alto falante que sai um som vindo do ar de um pulmão contraído, e articulado pelas cordas vocais, língua e lábios.
Faço parte de um grupo que pensa que não é nosso corpo que envia sinais para o cérebro e mente, de fora para dentro, ou de baixo para cima, para interagir do meio material para o mundo espiritual, mas o contrário... o espirito que cria tudo e a nossa mente é que manda sinais para o cérebro, que interage com o corpo, quer dizer: de dentro para fora, ou de cima para baixo.
Imaginando que o espírito é quem organiza e cria todas as situações para que a mente comande as ações que serão dividas para que corpo execute, e para que a consciência interaja e julgue...
O julgamento de tudo que ocorre em nosso dia-a-dia, acontece na nossa consciência, e se chama livre-arbítrio, e a ação de tudo que fazemos, são as provas ou experiências materiais.
Quer dizer: toda ação é uma prova, e todo e qualquer julgamento é um livre-arbítrio.
Se aceitarmos esta ideia como verdade, certa ou lógica, iremos aceitar que a gente só faz o que a mente manda, que não temos qualquer tipo de controle sobre nossos atos, pensamentos e emoções.
Baseado nisso, como fica a ideia de que somos nós que fazemos o que acontece com nossas vidas, ou tudo posso naquele que me fortalece?
Como, onde fica, ou onde se encaixa a culpa ou pecado nisso tudo, se nós não temos o menor controle sobre o espírito que cria uma vida para ele, fazendo com que a mente execute o que fazemos?
Penso que o objetivo principal sobre sua criação, ou que o espírito projeta na gente, é a de que o espírito cria tudo e dá uma história pronta de vida a estes bonequinhos, que somos nós, para que através de nosso livre-arbítrio, ofereça a ele de volta esta experiência que quer para si.
Ele cria tudo para experimentar a dualidade, para gostar ou não, a ilusão da individualidade e do corpo que domina a mente é perfeita... a ação é o propósito primeiro e a coisa mais importante para que ela seja julgada.
Por isso que, alguns mais esclarecidos, dizem que para acabar com as experiências de um espírito, primeiro deve-se entender o processo de criação das ações, e depois, ficar isento de julgamentos pela vida e seus acontecimentos... com este tipo de ação, o espírito passa a criar uma nova história de vida, evoluindo seus sonhos do que está, quer dizer: mudarão as provas e experimentaremos uma vida diferente, em um mundo melhor.
Mas creio que isso também é mentira ou engano, porque mais uma vez, nós somos os bonequinho que fazemos o que uma mente manda... e o espírito que cria tudo, criou até esta situação, a de pensarmos que nós podemos ter o livre-arbítrio, e fazer com que ele se sensibilize com nosso sofrimento, dor, angústia, desejo ou penitência.
A nossa situação atual é a de demonstração, para ele mesmo, de que o fim deste ciclo de histórias de vida está próximo, porque não teria sentido algum a gente saber quem somos e o que está acontecendo, se não tivesse algum propósito para isso.
Penso que este é o fim, onde o criador se mostra e se apresenta para sua criação, em que este não pode fazer nada além de continuar executando o que a situação manda.

Nenhum comentário: