sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Tenho medo do amanhã.

Quando a gente é criança, ou pelo menos quando eu era criança, achava que:
1- todo mundo era ou poderia ser meu amigo;
2- os mais velhos cuidariam dos mais novos;
3- o mundo ia melhorar;
4- políticos iriam cuidar como um pai amoroso cuida do filho, do mundo, dos países, dos estados, das cidades;
5- a pobreza, a miséria, a fome, a desigualdade social, o sofrimento, as dores e a mentira iriam acabar;
6- Deus atenderia meus pedidos;
7-  alguém iria cuidar de mim.

Hoje vejo tudo que sonhei, foi e está sendo, um desastre total, e que:
1- o individualismo ou o egocentrismo é total, onde a moda é: cada um no seu quadrado e Deus para todos;
2- pensava que os mais velhos seriam nossos guias e conselheiros do futuro... agora que ganharam carteirinha de idoso, os faz pensar que receberam junto o título de importante... se tornaram arrogantes, prepotentes, indiscretos, intolerantes, inconvenientes... tudo que eles não deveriam ser;
3- o mundo se deteriorando com investimentos incríveis a favor de guerras ou seja aparatos de guerra, que beneficiam somente aos bancos investidores financiadores da pobreza, miséria e dor da humanidade;
4- a profissão político como a maior prova de que os maiores ladrões e seres danosos a sociedade, são justamente eles, que deveriam tomar conta da população que os elegeu... vejo políticos milionários com apenas alguns anos de "serviço", enquanto ruas estão emburacadas, faltam semáforos e placas de indicação de nome de ruas nas esquinas dos bairros, estradas sem a duplicação necessária e obrigatória para preservar a vida e a tranquilidade de escoamento das riquezas da produção agrícola do estado, vejo impostos e mais impostos, promovidos sem nenhum tipo de bom senso e o empobrecimento gradual de uma população iludida com algumas migalhas de felicidade de uns dias do ano;
5- as dores sociais e a ilusão de pessoas comuns, conduzidas pela mentira e má fé de grupos inteligentes o suficiente para causar estragos imensos ao mundo, onde deveria existir somente a paz, harmonia, fartura e felicidade;
6- estudar e ter o conhecimento me abriu os olhos para a luz da verdade e encarar com tristeza a imensa mentira que vem sendo conduzida desde a criação do ser humano, pela religião e religiosos. E que Deus, na forma que foi retratada, como um ser humano, nunca existiu... e que rezar pedindo se dar bem, material ou fisicamente, nesta vida vai na contra-mão com a espiritualidade real que deveríamos estar vivendo, ou se pelo menos, nos preparando... que pedir determinadas coisas a Deus e conseguir, pode ser algo que pode levar ao desvio dos reais propósitos de nossas próprias experiências neste plano, atrasando, e não melhorando todo os planos iniciais, que não nos lembramos que existem e fomos nós que pedimos;
7- e finalmente, quando não mais se vê a luz que poderia me guiar a um caminho seguro, de paz, realizações e felicidade, verifico que com todas as experiências e constatação das mentiras da vida se mostrou, constato informações de que seres de Luz estão aqui para me ajudar ou mesmo no plural ou coletivo, nos ajudar, a sair desta escravidão, hospício ou prisão de ilusões e sonhos frustrados, mas que ninguém me dá garantia nenhuma de que não seja mais uma armação inteligente de seres inteligentes, que vivem a milênios em forma de reinado ou talvez colmeia de monstros, para, com isso, continuarem dando vida ou estímulos baratos ao mundo decadente em tudo, estimulando igual mas de uma forma diferente e mais uma vez, aos mesmos escravos humanos reencarnados do princípio de tudo, com fim já determinado em conseguirem seus nobres propósitos insignificantes, que não levou e nunca levará a nada, a não ser de conduzir suas próprias vidas de ocultismo, como atores que vivem atrás do palco murmurando textos prontos, e que os fazem ter ou levar uma vida medíocre, vazia e rica de ostentações miserável.
Tenho medo de não poder confiar mais em ninguém e em nada, de estar sozinho mesmo. Porque quem poderia me defender ou nos defender seriamos nós mesmos, como irmãos que somos de uma família de pais órfãos e filhos indiferentes a vida que os outros levam... mas como a união e a irmandade é coisa que não estão nos planos ou propósitos de ninguém, ou mesmo, sonhos, desejos ou vontade de uma população doente pela ignorância e consumismo, que os levaram às dívidas além de suas capacidades de pagaram, somando a grande dose de sofrimentos e dores, iludidos e conduzidos pelos grandes interesses infiltrados nos estudos e mídia, aliados a políticos desumanos que fazem de tudo para terem proveito pessoal ferrando tudo e a todos... não vão levar o todo a nada.
Não existe o amor incondicional, o que existe é o sexo e os interesses pelo amor, ou amor por interesses.
Não existe a liberdade, o que existe é o que me mandam ser, fazer ou consumir.
Não existe o futuro, o que existe é o que é determinado eu ser.
Não existe a amizade coletiva ou nós, e sim eu ou meu, e cada um vale o que parece ter e quanto mais tem mais se parece importante.
Não tenho opções, nem como pessoa... nem como ser espiritual, que com certeza está experimentando o que lhe é indigesto, já que sou ou faço parte, apenas como objeto material do tipo animal humano que oferece as sensações de vida material ao espírito encarnado, e vivo pelo propósito ou fim desta encarnação para extrair todas as experiencias materiais necessárias a evolução dele. Me sinto como uma roupa usada ou figura de um conto de fadas, porque quando eu morrer, serei apenas mais um personagem de uma história de quadrinhos, da vida ou novela de ilusões, dos muitos outros já representado pelo verdadeiro ator: o espírito principal; e que num passe de mágica ou desvio de olhares... serei esquecido ou lembrado... muito, mas muito de vez em quando!
Nós não estamos no comando, quem está é o espírito principal, apesar de sermos o próprio, sofremos na pele ou na mente, todas as nossas ações materiais já foram pré-programadas. Quer dizer: sofremos tudo o que tem direito, querendo e tentando com todas as forças mudar ou melhorar alguma coisa, sem conseguir mudar nada, já que está tudo programado... sem chances ou dicas de ajuda pra nada e sem saber porque ou como... damos um duro danado para nada.
Eu já entendi que tudo é uma experiência... é!, mas sou eu quem sofre, pra depois deixar de existir... acho que tem alguma parte que ainda eu não entendi!?
Vivo o hoje, e sei que é só isso que tenho ou que me resta como esta experiência atual, e o que me indigna é que poderia ser bom, gostoso e melhor.. mas sinto que estou sozinho nesta multidão ou massa populacional que quer continuar iludida e ainda ficando feliz com as igrejas e seitas por conseguirem se dar bem, com as promessas e realizações materiais e inclusive espirituais, em nome de Jesus, Deus, guru, ancião ou mestre espiritual, ao invés de serem racionais e terem um senso crítico sobre tudo o que estão aceitando ou sendo levados a fazer...
Se tudo está programado, como: com quem vai casar, quanto tempo que vai durar, quantos filhos vai ter, o que vai acontecer de bom ou de ruim na sua vida, como ser rico ou pobre, se dar bem ou se dar mal...
Sabendo de tudo isso, me diz! Uma pessoa vai na igreja e pede ajuda e consegue, como pode conseguir aluma coisa se tudo já está programado, será que não foi o tempo de acontecer o que pediu? Ou acha mesmo, se não fosse para acontecer, só porque rezou ou fez corrente de orações ou pagou dinheiro como contribuição ou compra dos olhares divinos para sua própria realização pessoal, será mesmo que iria conseguir alguma coisa, só porque quer?

Vejo as pessoas que vão na igreja pedir algo material como alguém que ri de uma piada, sem saber que a piada é ele.

Estou parecendo merda na água: sem destino...  já que vivo solitariamente sem chance de evoluir em nada, sem poder conversar com alguém sobre algo que poderia ser uma mentira, dividindo estudos feitos sobre um outro lado da verdade imposta e dita como absoluta... vivo ao lado de uma população pacífica, conformada, sem jeito, critica, auto-crítica ou destino, governado por ninguém... por isso, sem segurança nenhuma de nada, e não podendo contar com ninguém... nem com eles, nós ou comigo mesmo.


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