segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Falamos muito, ouvimos pouco e entendemos menos ainda.

O tempo passa, ficamos mais velhos,  mais experientes, mais cultos... e menos inteligentes!
Menos inteligente porque quanto mais culto e mais experiente, mais controle deveria ter sobre si.
A inteligencia deveria ser a capacidade em aprender, usar o que aprendeu, para não errar ou errar menos.
O que se imagina estar fazendo, no momento, é: aprender; errar; aprender com os erros, e não errar mais.
Mas o que se faz: errar, continuar errando, e reclamar que está dando errado!
Para aprender temos vários meios e métodos... o mais comum é o de ouvir.
Existe uma diferença entre ouvir e escutar.
Ouvir é prestar atenção, processar as informações e aproveitar o que ouviu para alguma coisa ou jogar fora o que não interessa.
Escutar é ouvir sem interesse nenhum, e como não processou nada, não precisa jogar fora o que não entrou.
Temos o dom em captar o aprendizado aulas, dicas para uma vida melhor ou para ajustes em nossas atitudes, muitos chamam de conselho... ouvindo, vendo ou lendo...
A conversa ou a leitura é como se estivéssemos ouvindo alguém...
A sequência lógica deveria ser: ouvir, entender o que está ouvindo, e usar como forma de opção de vida.
O que está acontecendo, hoje em dia! todo mundo está preocupado consigo mesmo, com a mente cheia de lixo: problemas, preocupações, sonhos, frustrações, expectativas, dívidas... e como, quase todo mundo está cheio de razão, reclama que as coisas não estão dando certo, algo está errado, e mesmo realizando seus sonhos... não está contente, satisfeito ou não é feliz.
Vou explicar o que é uma mente cheia de lixo.
O lixo mental é aquele que colocamos na nossa mente, não serve para nada, interfere nas demais informações e nos faz ficar mal e ou doente por ele.
O problema não é colocar o lixo para dentro da gente e sim ficar com ele.
Uma vez um amigo invisível me disse para deixar o lixo fora da minha casa, e na época eu entendi que minha casa era onde eu morava, só depois fui entender que ele estava falando de mim, não da minha casa, e o lixo que se referia era o mental.
O lixo mental é a causa da maioria das doenças, por isso se chama de: lixo causado por problemas psicológicos, e sua consequência são as doenças psico-físicas...
A campeã é o câncer, seguida das doenças como a hipertensão, cardiopatia... depois vem as causadas pelo descontrole do sistema auto-imune: gripe, lúpus, herpes, psoríase, candidíase, fibromialgia...
Mas a que é a mais sentida é a depressão, que é acompanhada pela ansiedade, insônia, irritação. desconcentração...
Quanto maior o descontrole, mais a pessoa fala... escuta mas não ouve... vê mas não enxerga... conversa mas não presta atenção.
Talvez as pessoas, falando demais, tentam jogar o lixo que tem para fora, e por isso que se fala tanta besteira ou coisas inúteis, como: desgraças, comentários apontando os defeitos de alguém, suas frustrações, erros, culpando alguém...
Ninguém percebeu, ainda, que quando falamos não ouvimos, e uma coisa chama a outra, falando sobre lixo, responde outro lixo de volta ou guarda para depois.
Vejo muita gente reclamando da vida, quer dizer: falam demais e de lixo, mas quando alguém responde com alguma coisa que poderia servir de conselho ou observação para resolver seu problema, não acontece nada, porque parece que a conversa é um monólogo e o que existe é um desabafo.
O diálogo é quando um fala e o outro ouve...
Monólogo é quando um fala e não ouve o que o outro tem a dizer.
Monólogo em dupla ou em grupo é quando um fala e o outro fala depois, e ninguém ouve ninguém.
Parece que a moda é essa!
Falar muito, escutar pouco e entender menos ainda!


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