quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Olimpíadas - A demonstração do poder está perdendo a força.

As olimpíadas ou jogos olímpicos, foi criado, na sua intensão mais íntima e sincera, dentro de quatro paredes, politicamente falando, para determinar a força de uma raça ou de um determinado povo usando o esporte como fachada. Não para alegrar as massas e interagir socialmente com os países "amigos".
Durante muitos e muitos anos, foi gastos uma quantidade de dinheiro, estudos e tecnologia inimaginável, com objetivo de preparar os "atletas" ou oferecerem aos mesmos o que havia de melhor para "honrarem" seus países.
A maior demonstração de domínio, força, poder e desenvolvimento de técnicas e até hegemonia de raças, era demonstrada pelos resultados, através da quantidade de medalhas de ouro ganhas, a qualquer custo.
Não era só uma questão de vaidade, e sim de imposição. Imposição de manutenção de posição de potencia ou domínio sobre as impotências.
Antes ou antigamente, os treinamentos e "suplementos vitamínicos"  captados ou detectados pelo teste anti-doping eram segredo em todo mundo. Só poderia detectar o que era conhecido, portanto quem tinha usado algo desconhecido e normalmente muito mais eficiente, não era detectado. E isso fazia toda a diferença entre o campeão e o derrotado.
Hoje, existe uma troca de informações ou melhor, todo mundo divide o "conhecimento geral" com todo mundo, ou melhor, não existe mais segredo. O treinamento e as condições são idênticas em todo o mundo, e é por isso que se ganha ou se perde por questões mínimas.
Recordes e medalhas de ouro a parte, o que se comenta ainda hoje, pela "mídia", é quem tem mais, quem é o melhor, que país é o melhor ou quais os melhores e os piores, sendo que esses valores deveriam ser o de menos, e é isso que está acontecendo... mesmo contra as forçadas informações, ou tentativas de manipulação de conceitos e valores feita, sempre, pela mídia.
Sim, o tal país foi o melhor do mundo, os números indicam, mas não significa que o país seja o melhor de todos.
Agora, o atleta daquele país que ganhou a maioria das medalhas de ouro, foi o melhor preparado ou foi superior em alguma coisa, aí tudo bem... mas, que dentro de muito breve será ultrapassado e ficará somente lembrado nos livros de recordes e aos poucos... só lembrado.
Quer dizer, as pessoas estão entendendo que não são pessoas inimigas disputando uma prova por uma medalha, e sim atletas de países diferentes competindo pela melhor performance ou pelo melhor rendimento. ninguém está lá pra ganhar uma medalha porque o outro foi pior ou muito ruim.
Não, não está em jogo mais ser o melhor país do mundo só porque se tem o melhor atleta do mundo, porque tem muitos tantos outros países que em outras modalidades tem o melhor ou alguns outros melhores atletas do mundo, cada um na sua especialidade, e nem por isso são considerados inferiores a qualquer coisa.
Parece que estamos vivendo o momento em que a realidade, a verdade está em evidência... o atleta está em evidência, não o país.
Tenho assistido aos jogos e visto que os atletas entendem isso, e não está em jogo o ódio e sim o combate. Da mesma forma quando vejo uma luta do tipo vale-tudo em que existe a luta e sua agressividade, mas ninguém entra no ringe para matar o outro.
Não existe inimigo. São atletas, parceiros, gente, seres humanos.... todos tem família, muitos são casados e tem filhos...
Talvez, os idealizadores dos jogos olímpicos do início ou de tempos atrás, e porque não dizer de agora também, continuam querendo que nós, seres humanos, tenhamos ódio um do outro e coloca-se nas pistas, quadras ou ringues um para demonstrar superioridade, humilhar ou matar o outro, como era feito nas arenas do antigo coliseu, em Roma.
Mas, ao que tudo indica, estão se dando mal...
Estão perdendo a força.

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